"As pessoas normais acreditam que, se estiver funcionando, é que não tem nada para consertar. Os engenheiros acreditam que se estiver funcionando, é que estão faltando coisas" ----- Scott Adams, O Princípio de Dilbert.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Bom engenheiro de alimentos dá resultados à empresa, diz profissional


Com apenas 33 anos, Frederico Braga já atua como assessor executivo do diretor de tecnologia e produção da Sadia, uma das grandes empresas alimentícias instaladas no país. Sua função é reduzir custos, conseguir melhores resultados na produção e levar ao consumidor um produto sempre melhor.

Segundo Braga, o importante para obter reconhecimento na carreira é dar bons resultados e ter “atitude, vontade, determinação e curiosidade”. Leia a entrevista que o profissional concedeu ao G1 por telefone.


G1 - Como o senhor escolheu a carreira?
Frederico Braga - Desde criança, sempre fui muito curioso nos supermercados, procurava embalagens, novos produtos, novos alimentos, como misturar dois produtos. Sempre gostei de inovações e a curiosidade é que me fez ir para a profissão. Sempre fui bom de cozinhar e comer.

G1- Como o senhor decidiu o curso na época do vestibular?
Braga – Comecei a estudar quais eram as disciplinas que poderiam juntar essa minha curiosidade com a parte científica. Na época, não existia internet com essa força de hoje. Aí, comecei a buscar informações na escola e nas faculdades. A profissão é interessante porque junta um monte de coisas e transforma em coisas gostosas para comer. E eu também sempre gostei muito de biológicas, que é um componente importante na carreira. O que atrai é a complexidade dos alimentos.

G1 – Onde o senhor estudou?
Braga – Estudei na Unesp de São José do Rio Preto e me formei em 1996.

G1 – Como foi sua entrada no mercado?
Braga – Comecei direto na Sadia, por um programa de trainees. Nas férias, fui para Concórdia, em Santa Catarina, fiz estágio supervisionado e continuei fazendo estágio à distância.

G1- Existia estágio à distância?
Braga – Sim, existia um programa de trabalho com salames, chamados de curados e maturados. A empresa tinha uma necessidade de conhecimento maior do processo de fabricação. E, na faculdade, tinha condições de procurar revisões bibliográficas e fazer alguns testes práticos. E deu certo: consegui algumas revisões que a Sadia não tinha acesso. É mais fácil no meio acadêmico e não tinha internet.


Braga - Fui para Concórdia e trabalhei na presuntaria, com presunto cozido e apresuntado. Depois fui para embutidos cozidos, que são salsicha, mortadela, tender, lingüiças. Acabei passando por todos os processo de industrialização.

G1 – Qual é sua atividade hoje?
Braga – Faço o meio de campo com todos os diretores regionais de tecnologia. Para que eles identifiquem as lacunas na produção e consigam diminuir custos e melhorar os produtos. Sempre trabalhei como staff da gerência industrial técnica.

G1 – E depois de efetivado?

Hoje, o que faço é capturar as oportunidades, num prazo de um, dois, três anos. Para aumentar a eficiência e conseguir a redução de custos.

G1 – Qual é o principal desafio da sua função?
Braga – Os grandes desafios estão em dar um resultado em curto prazo, conseguir aumentar a eficiência, a produtividade, sem aumentar custos. Gerar valor com pouco. O preço do milho pode aumentar, as embalagens podem ficar mais caras, mas não podemos repassar isso para o consumidor.

G1 – É possível contar alguma situação prática do dia-a-dia?
Braga - Um exemplo é o da simplificação do preparo de matéria-prima para presuntos.
O corte numa carne gera retalhos. As carnes que sobram não têm o mesmo valor, por isso é importante reduzir a produção de retalhos. Também é importante reduzir o transporte e o estoque intermediário e a ociosidade dos equipamentos. Esse é um projeto em que estamos trabalhando.

G1 – Foi necessário fazer especializações?
Braga - Fiz pós em administração industrial na Fundação Vanzolini, da Universidade de São Paulo. A pós ajuda bastante para quem assessora a alta administração. Conceitos em engenharia econômica e contabilidade são importantes para aumentar a empregabilidade.

G1 – O que é importante para um recém-formado se encaixar no mercado?
Braga - Atitude, vontade, determinação e curiosidade. Ele precisa estar sempre insatisfeito com os resultados e descobrir por que não conseguiu. Também é importante ter facilidade de relacionamento interfuncional, pois é uma carreira que precisa lidar com diversas áreas. É uma pessoa que tenha gosto pela ciência e tecnologia, é necessário aprender a usar as novas tecnologias antes da concorrência.

G1 – A remuneração é satisfatória?
Braga – Se o profissional dá bom resultado, vai ser bem remunerado. É preciso ter atitude e estar sempre em busca de melhores resultados.
(fonte:g1.globo.com - vestibular e educação)

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